Praça São Pedro

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A história que ninguém conta



A História Que Ninguém Conta

Por: CARLOS I. S. AZAMBUJA
Set/2007

Heinrich Himmler, comandante da Schutzstaffel, ou SS - a grande organização paramilitar pertencente ao partido nazista alemão – pronunciou, durante a II Guerra Mundial, numerosos discursos diante dos oficiais superiores e dos chefes de serviço da SS. O tom foi sempre o da exortação moral. Em um desses discursos, em 9 de junho de 1942, ele disse: “Há milênios é o dever da raça loura dominar a Terra e sempre lhe propiciar felicidade e civilização (...) No interior da sociedade, restaurar-se-á, assim, a ordem natural que quer que dominem os melhores, os mais duros, os mais puros, os mais cavalheirescos, cujos exemplos vivos são fornecidos pela elite da SS”. Quando Himmler pronunciou esse discurso, os incuráveis, os deficientes, os alienados da ‘raça’ alemã já haviam sido eutanasiados clandestinamente nos hospitais e nos asilos.

Antes da comparação entre as experiências nazista e comunista, seis palavras devem ser recordadas: Auschwitz, Belzec, Chelmno, Majdanek, Sobibor e Treblinka. Foram os seis centros nazistas de extermínio industrial dos judeus. A seqüência era a de sempre: transporte, seleção na descida do trem, tatuagem de um número, câmara de gás ou fossa comum imediata para as mulheres, crianças e os inaptos para o trabalho. Não se pode pronunciar essas seis palavras sem que voltem à memória os documentos, as testemunhas, os estudos, as meditações, os poemas, os cantos, as preces que buscaram comunicar o incomunicável.

A destruição dos judeus europeus, segundo Raul Hillberg (*) deu-se em cinco etapas: a expropriação; a concentração; as operações móveis de assassinato; a deportação; os centros de extermínio. Segundo esse mesmo plano, a destruição comunista utilizou os quatro primeiros meios, mas acrescentou duas outras que o nazismo não teve necessidade: a execução judiciária e a fome.

A Expropriação – foi a primeira medida do poder comunista. Considera que o mal social tem suas raízes na propriedade privada. Como é preciso arrancar do povo a idéia de propriedade e submetê-lo completamente ao novo poder, a expropriação de casas, contas bancárias, terra, gado, é uma conseqüência lógica. Aos poucos, as pessoas foram ficando apenas com suas roupas e móveis. O direito, estando ligado à propriedade privada, desaparece subitamente, restando apenas as decisões ‘jurídicas’ do partido. Já na Alemanha nazista, a expropriação e a proscrição só afetaram inicialmente os judeus. Para os ‘arianos’, o direito e a propriedade subsistiram, embora destinados a desaparecer também na lógica do sistema.

A Concentração – A filtragem e o registro não eram feitos no regime comunista da mesma forma que no regime nazista. O nazismo encarava os judeus como pessoas físicas, focos individuais de infecção. Era preciso, então, encontrá-los, como se faz numa operação de desratização ou de combate a insetos, e o regime destinou a essa tarefa dinheiro, pessoal e meticulosidade. O comunismo, por seu lado, se encarregava de uma tarefa mais ampla, porque mais vaga e com contornos pouco definidos. Ele devia destruir ‘o inimigo do socialismo’, ‘o inimigo do povo’. Era necessário, em primeiro lugar, deixar sem causar dano o inimigo previamente designado, o inimigo institucional: o rico, o nobre, o burguês, o capitalista, o camponês rico. Depois, era a vez dos que podiam abrigar sentimentos hostis, ‘fora da linha’, e até mesmo os indiferentes. Eles eram localizados no proletariado, no campesinato médio e pobre, na intelligentzia progressista e também no partido, no Exército e na Polícia. Esses inimigos escondidos não têm características visíveis, nem marcas físicas como a circuncisão, e não pertencem a uma comunidade bem delimitada. É preciso reconhecê-los, fazê-los confessar seus pensamentos escondidos, seus desígnios de sabotadores e eliminá-los. É um trabalho contínuo. É essa a razão de os órgãos de repressão dos regimes comunistas serem mais numerosos que os órgãos encarregados simplesmente de levar os judeus aos campos de extermínio. Alguns milhares de policiais bastavam para a Gestapo, contra cerca de 500 mil da KGB. Só a Stasi, na RDA, passou a empregar bem mais gente que a Gestapo em toda a Alemanha. Segundo Raul Hillberg (1), bastaram dois anos (1941-1942) para que a ‘solução final’ fosse executada para cerca de três quintos do seu total. Para os órgãos soviéticos, a tarefa nunca foi concluída. De novembro de 1917 até o último dia – 25 de dezembro de 1991 - eles tiveram que fazer triagem, recensear, manter dossiês, filtrar e refiltrar toda a população.

As operações móveis de assassinato – Cerca de um quarto dos judeus assassinados, talvez até mais, o foram por unidades especiais: os Einsatzgruppen e os Kommandos, que avançavam atrás das tropas regulares e faziam as execuções. Unidades da Wehrmacht também fizeram, ocasionalmente, a mesma coisa. Essas ‘operações móveis de assassinato’ foram praticadas abundantemente pelos regimes comunistas. As chacinas a céu aberto acompanharam as reconquistas pelo Exército Vermelho, da Ucrânia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ásia Central. Além disso, elas foram maciças e sistemáticas durante a guerra camponesa, iniciada em 1910 e que durou até 1921. Contra os camponeses expropriados, submetidos à fome, e contra os cossacos – quase exterminados como povo -, o Exército Vermelho utilizou diversos métodos, desde tanques a gases asfixiantes. Os fuzilamentos a céu aberto recomeçaram durante a coletivização e, no transcurso do grande expurgo, caminhões a gás foram utilizados. Na China, as execuções coletivas e públicas se multiplicaram várias vezes nos dois primeiros anos após a tomada do poder, na época do Grande Salto para Frente e depois na Revolução Cultural. Elas aconteceram também na Coréia, no Vietnã e na Etiópia. Foi no Camboja, porém, que se tornaram mais maciças. Na falta de um equipamento moderno, as execuções eram realizadas com faca, martelo, machado ou porrete.

A deportação – A deportação para os campos de trabalho foi inventada e sistematizada pelo regime soviético. O nazismo apenas a copiou; a palavra Lager é comum ao russo e ao alemão. Os primeiros campos foram abertos na Rússia em junho de 1918, cerca de seis meses após a tomada do poder pelos bolcheviques. A deportação soviética foi um fenômeno mais amplo e mais complexo do que a deportação nazista. Na Alemanha havia diferenças informais entre os campos com mortalidade relativamente pequena (Dachau) e aqueles com mortalidade tão alta (Dora) que se aproximava do extermínio. Na URSS a gama é mais extensa e as categorias nitidamente separadas. Três podem ser distinguidas: a primeira, a deportação de povos inteiros – tártaros, chechenos, alemães do Volga – ou categorias ‘sociais’ inteiras: os 10 milhões de kulaks. A segunda categoria foi a deportação para campos de trabalho. O Gulag tornou-se uma vasta construção administrativa que encontrou a sua forma clássica nos anos 30. Ela foi capaz de gerar uma notável parcela – estima-se em 11% - da força de trabalho do país. Os detalhes concretos são os mesmos, tanto no nazismo como no comunismo, tanto em Kolyma como em Auschwitz: o roubo generalizado, o cada um por si, o esgotamento físico, a lenta ou muito rápida degradação moral, o mesmo acampamento, as mesmas trapaças para fugir do trabalho, o mesmo sono, os mesmos sonhos. Para se designar o detento que chegou ao fim de suas resistências, já não se defende mais e vai morrer, no campo nazista se dizia muçulmano, e no campo soviético, dokhodiaga. Algumas variantes: em Kolyma os mortos não eram incinerados num forno crematório mas, no inverno, eram empilhados, em grupos, com uma etiqueta presa no dedão do pé, esperando que o degelo permitisse cavar as fossas. Nos Gulags, a mortalidade chegava a 30% ou 40% ao ano, o que, levando em conta a duração das penas e a longevidade do regime soviético, chega às raias do extermínio, embora esse extermínio não fosse imediato, no estilo de Treblinka. A terceira categoria: em torno do Gulag estendia-se uma zona de trabalho forçado e de residência vigiada. A mão-de-obra era empregada nos grandes canteiros de obras, barragens, canais e arsenais militares secretos. Os contornos eram indefinidos, como tudo o mais nos regimes comunistas. É por isso que o dissidente soviético Vladimir Bukovski, à pergunta ‘Quantos prisioneiros há na URSS?’, respondeu em tom de gracejo: ‘270 milhões’.

A execução judiciária e a fome foram dois procedimentos de execução que o nazismo não teve necessidade de utilizar.

A execução judiciária – O nazismo não a praticou contra os judeus, pois, em sua opinião, eles não pertenciam à espécie humana e não mereciam, portanto, nenhuma ‘justiça’. Já, no comunismo, a execução (fuzilamento, tiro na nuca, enforcamento) deveria, em princípio, proceder de um exame jurídico, a fim de que o ‘povo’ pudesse reconhecer e condenar o inimigo declarado ou oculto. As execuções sumárias dos primeiros tempos foram progressivamente assumindo uma forma cada vez mais judiciária à medida que o aparelho – a prokuratura – se aperfeiçoava. Na época do chamado ‘Grande Terror’, que teve início em 1934, a confissão era buscada e obtida por diversos meios, sendo a tortura o mais simples. Nessa época, as pessoas esperavam ser presas porque viam desaparecer silenciosamente seus vizinhos e, à noite, tinham sob a cama a trouxa de roupa de preso. A maioria dos países comunistas, democracias populares da Europa e sobretudo da Ásia, atravessou períodos desse tipo. Há razões para imaginar que Hitler se inspirou na idéia do ‘Grande Terror’. A ‘Noite dos Longos Punhais’ – 1934 -, uma depuração relâmpago do partido nazista fez, talvez, 800 vítimas. Stalin multiplicou essa cifra por mais de mil.

A fome – A fome, diferentemente da penúria que foi constante, é um espectro reiterado que acompanha a história dos regimes comunistas. Ela está presente na Rússia, na China, na Etiópia, na Coréia. A fome é, na maior parte do tempo, uma conseqüência da política comunista, pois é da essência dessa política estender seu controle à totalidade de seus súditos. Não é tolerável deixar os camponeses se organizarem espontaneamente à margem do Poder. Ao expropriá-los, fazendo-os entrar nos quadros artificiais do Kolkoz, provoca-se inevitavelmente uma crise de subsistência. Não se pode, no entanto, dizer que o Poder desejava a fome como tal, mas foi o preço que ele aceitou pagar para atingir seus objetivos políticos e ideológicos. No Cazaquistão, a população foi reduzida à metade. Entretanto, houve casos em que a fome foi desejada e organizada com um fim preciso de extermínio. Foi o que aconteceu na Ucrânia durante os anos 1932-1933. O objetivo foi o de terminar não com uma resistência qualquer do campesinato, porque a coletivização já a quebrara, mas com a existência nacional do povo ucraniano. Falou-se a esse respeito e, com razão, de genocídio. Consentida como meio ou desejada como fim, a fome foi o procedimento mais mortífero da destruição comunista das pessoas. Ela responde por mais da metade dos mortos imputáveis ao sistema na URSS, e por três quartos, talvez, na China.

Finalmente, o nome e o anonimato – Dos judeus exterminados pelo nazismo, conhece-se o número com uma precisão rigorosa pela pesquisa e pela piedade judaicas. Existem números que indicam o efetivo de cada trem, a data de sua partida. Os nomes foram preciosamente guardados e conservados. Dos mortos pelo comunismo, conhece-se apenas uma estimativa em uma aproximação em cerca de várias dezenas de milhões. A mostra admitida pelo Livro Negro do Comunismo vai de 85 milhões a mais de 100 milhões. Essa diferença terrível que faz com que uns, exterminados como animais, sejam honrados como pessoas, e os outros, assassinados talvez de forma mais humana – se é que isso é possível – sejam esquecidos como animais, não tem a ver somente com a piedade ou impiedade da memória. Ela tem a ver também com o fato de as pesquisas serem impossíveis ou proibidas na quase totalidade do território antes ou ainda hoje sob o domínio comunista, e ainda com a vontade geral de amnésia do comunismo e da hipermnésia (estado de excitação anormal da memória; e não hiperamnésia, conforme a tradução de Emir Sader) do nazismo. Tem a ver, finalmente, com a natureza de um e de outro. O nazismo procedeu por categorias determinadas, administrativamente delimitáveis, sucessivas (os deficientes físicos na véspera da guerra, os judeus, os ciganos...); o comunismo por dizimações vagas, simultâneas, aleatórias, podendo incidir sobre o conjunto da população submetida.

O modo de execução não é um critério de avaliação. É preciso resistir à tentação de julgar uma morte mais atroz em si mesma do que outra; nenhuma pode ser vista de perto. Ninguém pode saber o que sentia uma criança ao inalar o gás zyklon B ou ao morrer de fome numa cabana ucraniana. Uma vez que se matavam pessoas à margem de qualquer justiça, é preciso afirmar que todas elas morreram horrivelmente, tanto umas quanto outras, porque eram inocentes. E quando há Justiça é que se pode imaginar que algumas execuções são mais honrosas – a espada, por exemplo, mais que a corda. Mas uma vez que os extermínios do século foram alheios à idéia da honra, classificar os suplícios é impossível e indecoroso.


O texto acima é um resumo do capítulo A Destruição Física, do livro de Alain Besançon, “A Infelicidade do Século – sobre o Comunismo, o Nazismo e a Unicidade da Shoah”, editado em 1998 na França e em 2000 no Brasil, fazendo uma comparação impressionante entre os assassinatos praticados por nazistas e comunistas.

(*) Raul Hillberg, A Destruição dos Judeus Europeus, 1985.

Por: CARLOS I. S. AZAMBUJA


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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ciência - pessoas não nascem gays, disse autor de livro sobre a homossexualidade

MADRI, 09 Jan. 12 / 05:32 pm (ACI/EWTN Noticias)

Em uma entrevista concedida ao jornal espanhol El Pais sobre seu livro "Compreender e sanar a homossexualidade", Richard Cohen, quem se define a si mesmo com um "ex-gay", afirmou que a Associação Norte-americana de Psicologia depois de muitas investigações chegou à conclusão de que as pessoas não nascem homossexuais. O livro do Cohen foi colocado à venda em 2004. Agora em 2012 a editorial LibrosLibres fez uma nova edição que recebeu a aceitação do público incluindo os leitores homossexuais. Entretanto o movimento de lésbicas, gays, transexuais e bissexuais (conhecido pela sua sigla LGTB) pediu que o livro fosse retirado das livrarias o qual foi considerado como um ataque à liberdade de expressão.

Na entrevista ao El Pais e explicando a verdadeira origem da homossexualidade, Cohen afirmou que "em 2008, a Associação Norte-americana de Psicologia disse que embora houvesse muitas investigações sobre as possíveis causa genéticas, biológicas ou hormonais da orientação sexual, não houve descobertas que permitam aos cientistas chegar à conclusão de que a orientação sexual esteja determinada por um ou vários fatores particulares. A ciência diz que as pessoas não nascem gays".

Ao ser perguntado se a homossexualidade é um fator biológico o autor do livro sustentou que aqueles que experimentam sentimentos homossexuais são homens e mulheres extremamente sensíveis e assinalou que eles "vivem uma relação com seus pais, com seus companheiros e com seu entorno, deferente à dos seus irmãos e às de outras pessoas ao seu redor. Essa sensibilidade pode assentar as bases para os sentimentos homossexuais".

O autor do livro, que nos últimos 21 anos trabalhou como psicoterapeuta, confessa que suas reflexões partem de uma experiência pessoal e manifestou que "eu mesmo vivi como gay, tive um companheiro gay durante três anos".  Entretanto durante muito tempo Cohen sofreu por viver nesse estado e reconheceu que não recebeu ajuda porque "muitos terapeutas me diziam que eu tinha nascido gay, que não havia nada a ser feito. Que eu devia aceitar e viver uma vida gay".

O autor explicou que atrás das pessoas homossexuais quase sempre há uma história de dor que preferem ocultar.

"Sob meu desejo pelos homens havia uma ferida. Não recordava que meu tio tinha abusado sexualmente de mim. É algo que reprimi durante 25 anos, até que fiz minha terapia. Então encontrei a um mentor masculino, heterossexual. Quando experimentei o luto por esse abuso minhas tendências homossexuais desapareceram".

Ao referir-se às causas da homossexualidade Cohen sustenta que o abuso sexual é uma das razões e explicou que "nunca é uma coisa só. É uma combinação de vários fatores. 50 por cento de meus clientes sofreu abuso sexual por parte de alguém do mesmo sexo".

Logo depois de assinalar que os homossexuais são uma porcentagem pequena da população e muitos deles seguem sentindo-se mal consigo próprios apesar de seu bom estado físico já que "não importa quantos músculos desenvolvam, mesmo assim eles se sentem inferiores interiormente".

Richard Cohen explicou logo que é um mito afirmar que se nasce gay porque cientificamente isso não é válido. "Mas tampouco se pode dizer que ser gay seja uma opção. A pessoa não acorda um dia e decide ser gay. Há uma série de fatores combinados que fazem que alguém se comporte como gay. Tratando centenas de homossexuais venho descobrindo que há uma série de contextos comuns em todos eles", acrescentou.

Finalmente Cohen disse que "nas biografias dos famosos fica claro também: tiveram experiências similares. Rosie O’Donnell, Greg Luganis, Elton John, Ricky Martin, Ellen DeGeneres... todos têm histórias semelhantes.



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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Bento XVI em Cuba: do medo à esperança


Bento XVI em Cuba: do medo à esperança


HAVANA, 04 Jan. 12 / 11:13 am (ACI/EWTN Noticias)
A revista Convivenciacuba.es afirmou que a visita do Papa Bento XVI a Cuba de 26 a 28 de março deve ajudar à ilha a "transitar do medo para esperança" para poder construir um país com liberdade e responsabilidade.
Em seu editorial de 19 de dezembro, a revista afirmou que "Cuba necessita uma profunda transição. Mas não só uma transição política e econômica. Precisa passar do ódio para a tolerência e a inclusão. Mas sobre tudo e primeiro de tudo, Cuba precisa transitar do medo à esperança".
"Cuba não terá mudado realmente se você encontrar medo a seu redor. Se a televisão ameaçar e ataca. Se os jornais forem libelos denigrantes dos diferentes. Se seu bairro for um ninho de desconfiança e delatores. Se seu trabalho for uma matilha de invejas e corrupções, algo anda mal em Cuba e deve mudar", advertiu.
O artigo advertiu que "onde não há esperança, o futuro se afasta de cada um e do paás", e portanto "a visita do Papa, sua preparação e sua continuidade, podem ser avaliadas pelos passos concretos neste itinerário urgente de transição do medo à esperança e da esperança à reconstrução do País com liberdade e responsabilidade".
O editorial também se referiu ao lema "A caridade nos une", escolhido para celebrar os 400 anos do achado da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, e que é "o fim e o centro da visita papal".
O texto indicou que unidade não significa "uniformidade no pensar", e sim inclusão, por isso a viagem do Papa "deve ser inclusiva de todos os representantes da nação cubana, filhos todos da Caridade: crentes, não-crentes, governo, oposição e sociedade civil, os que vivemos na Ilha e os que vivem na Diáspora. Se algum destes grupos ficasse fora da visita papal, e da vida de Cuba, a unidade na caridade não seria possível".
A revista também expressou seu desejo de que a visita seja "uma escola testemunhal e profética para a reconstrução de uma sociedade civil só". "É um dever pastoral e evangelizador da Igreja, contribuir com sua missão educadora à formação da soberania cidadã, a participação cívica responsável e a inseparável coerência entre a ética e a política, sem optar por nenhuma ideologia nem opção política partidária", acrescentou.
O editorial esclareceu que as mudanças estruturais que Cuba requer "não só o o objetivo da visita do Papa mas uma necessidade urgente do povo que o Papa visita e da Igreja que o recebe. Estas mudanças não são tarefa do Papa, ou da Igreja em Cuba exclusivamente, mas cada reforma substancial tem sua base na alma dos povos e no espírito dos cidadãos".
O texto também advertiu que Cuba necessita uma reconciliação após cinco décadas de enfrentamentos e que deve incluir "uma comissão da verdade; uns processos judiciais com todas as garantias, sem vinganças nem penas de morte; uma anistia sem amnésia para nunca mais cair no mesmo fosso; e um espírito de magnanimidade que é a mistura do perdão e da fraternidade".
O editorial também pediu uma "verdadeira liberdade religiosa", que "não são permissões para cada ação ou obra das Igrejas, nem ter um escritório especial para controlar suas atividades", e sim o direito de cada cidadão a não ser "açoitado, discriminado, excluído ou reprimido por sua fé e pelas consequências que sua fé tem em suas opções políticas, econômicas e sociais".
"Promover este conceito mais integral da liberdade religiosa pode ser apoio e fonte, inspiração e complemento de todas as demais liberdades, direitos humanos e expectativas com relação à vida das Igrejas e à visita do Papa", afirmou.
Finalmente a revista exortou os cubanos a "não permanecerem indiferentes diante do acontecer nacional", pois a visita de Bento XVI "não é exclusiva da Igreja, é uma tarefa cívica e religiosa. Todos deveríamos opinar, sugerir, colocar para fora a procissão que levamos dentro, mostrar a alma, já que se trata, sobre tudo, da visita de um líder espiritual".

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Reforma Litúrgica de Bento XVI : Vídeos



















Parte 1




Parte 2


Aborto aumenta o risco de câncer de mama em quase 200%

MADRI, 05 Jan. 12 / 10:41 am (ACI/EWTN Noticias)

Um recente estudo demonstrou que o aborto aumenta nas mulheres o risco de câncer de mama em 193 por cento e, pelo contrário, as que levaram a término sua gravidez têm muito menor risco que aquelas que nunca estiveram grávidas.

Segundo uma nota publicada no jornal espanhol La Gazeta, este estudo feito no Irã se une a outros realizados nos Estados Unidos, China e Turquia; somando um total de cinco investigações que nos últimos 18 meses demonstraram que o aborto é uma das principais causa do câncer de mama.

De acordo à investigação uma primeira gravidez em idade tardia aumenta o risco de câncer de mama, enquanto que mulheres que tiveram várias gravidezes têm 91 por cento menos risco de ter câncer que aquelas que nunca estiveram grávidas.

O estudo revela ademais que cada novo nascimento reduz o risco de câncer de mama em 50 por cento.

Os investigadores Hajian-Tilaki K.O. e Kaveh-Ahangar T. da Universidade de Ciências Médicas de Babol realizaram este estudo comparativo com 200 mulheres, 100 delas com câncer de mama diagnosticado recentemente.

O estudo iraniano chegou pouco antes de que outra pesquisa de cientistas do Sri Lanka revelasse que as mulheres que tiveram um aborto no passado eram 242 por cento mais propensas a contrair câncer de mama.

Um estudo do ano 2007 realizado por Patrick Carroll do PAPRI(Pension and Population Research Institute) em Londres intitulado "A Epidemia do Câncer de Mama" também demonstrou que o aborto é a principal causa desta enfermidade.

O Journal of American Physicians and Surgeons (Revista de Médicos e Cirurgiões dos Estados Unidos) publicou nessa ocasião o estudo que explicava que em países com altos índices de aborto, como a Inglaterra e Gales, pode-se esperar uma alta incidência de câncer de mama.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Papa Pio XII salvou 11.000 judeus romanos

Papa Pio XII salvou 11.000 judeus romanos

Dados publicados pela fundação Pave the Way
Por Jesús Colina

Conforme documentação descoberta recentemente por historiadores, a ação direta do papa Pio XII salvou a vida de mais de 11.000 judeus em Roma durante a II Guerra Mundial.

O representante da fundação Pave the Way na Alemanha, o historiador e pesquisador Michael Hesemann, descobriu muitos documentos originais de grande importância ao pesquisar os arquivos da igreja de Santa Maria dell'Anima, a igreja nacional da Alemanha em Roma.

A Pave the Way, com sede nos Estados Unidos, fundada pelo judeu Gary Krupp, anunciou o achado em declaração enviada a ZENIT.

“Muitos criticaram Pio XII por guardar silêncio durante as prisões e quando os trens partiram de Roma com 1.007 judeus, que foram enviados para o campo de concentração de Auschwitz”, declarou Krupp. “Os críticos não reconhecem nem sequer a intervenção direta de Pio XII para dar fim às prisões, em 16 de outubro de 1943”.

“Novos achados provam que Pio XII agiu diretamente nos bastidores para impedir as prisões às 2 horas da tarde do mesmo dia em que elas começaram, mas não conseguiu deter o trem que tinha aquele destino tão cruel”, acrescentou.

Segundo um estudo recente do pesquisador Dominiek Oversteyns, havia em Roma 12.428 judeus no dia 16 de outubro de 1943.

“A ação direta do papa Pio XII salvou a vida de mais de 11.400 judeus”, explica Krupp. “Na manhã de 16 de outubro de 1943, quando o papa soube da prisão dos judeus, enviou imediatamente um protesto oficial vaticano ao embaixador alemão, que sabia que não teria resultado algum. O pontífice mandou então seu sobrinho, o príncipe Carlo Pacelli, até o bispo austríaco Alois Hudal, cabeça da igreja nacional alemã em Roma, que, conforme relatos, tinha boas relações com os nazistas. O príncipe Pacelli disse a Hudal que tinha sido enviado pelo papa e que Hudal devia escrever uma carta ao governador alemão de Roma, o general Stahel, pedindo que as prisões fossem canceladas”.

A carta do bispo Hudal ao Generale Stahel dizia: “Precisamente agora, uma fonte vaticana [...] me informou que nesta manhã começou a prisão dos judeus de nacionalidade italiana. No interesse de um diálogo pacífico entre o Vaticano e o comando militar alemão, peço-lhe urgentemente que dê ordem para parar imediatamente estas prisões em Roma e nas regiões circundantes. A reputação da Alemanha nos países estrangeiros exige esta medida, assim como o perigo de que o papa proteste abertamente”.

A carta foi entregue em mãos ao general Stahel por um emissário de confiança do papa Pio XII, o sacerdote alemão Pancratius Pfeiffer, superior geral da Sociedade do Divino Salvador, que conhecia Stahel pessoalmente.

Na manhã seguinte, o general respondeu ao telefone: “Transmiti imediatamente a questão à Gestapo local e a Himmler pessoalmente. E Himmler ordenou que, considerado o status especial de Roma, as prisões sejam interrompidas imediatamente”.

Estes fatos são confirmados também pelo testemunho obtido durante a pesquisa do relator da causa de beatificação de Pio XII, o padre jesuíta Peter Gumpel.

Gumpel declarou ter falado pessoalmente com o general Dietrich Beelitz, que era o oficial de ligação entre o escritório de Kesselring e o comando de Hitler. O general Beelitz ouviu a conversa telefônica entre Stahel e Himmler e confirmou que o general Stahel tinha usado com Himmler a ameaça de um fracasso militar se as prisões continuassem.

Institutos religiosos isentos de inspeções nazistas

Outro documento, “As ações para salvar inumeráveis pessoas da nação judaica”, afirma que o bispo Hudal conseguiu, através dos contatos com Stahel e com o coronel von Veltheim, que “550 instituições e colégios religiosos ficassem isentos de inspeções e visitas da polícia militar alemã”.Só numa destas estruturas, o Instituto San Giuseppe, 80 judeus estavam escondidos.

A nota menciona também a participação “em grande medida” do príncipe Carlo Pacelli, sobrinho de Pio XII. “Os soldados alemães eram muito disciplinados e respeitavam a assinatura de um alto oficial alemão... Milhares de judeus locais em Roma, Assis, Loreto, Pádua e outras cidades foram salvos graças a esta declaração”.

Michael Hesemann afirma que é óbvio que qualquer protesto público do papa quando o trem partiu teria provocado o recomeço das prisões.

Ele ainda explica que a fundação Pave the Way tem no seu site a ordem original das SS de prender 8.000 judeus romanos, que deveriam ser enviados para o campo de trabalho de Mauthausen e ser retidos como reféns, e não para o campo de concentração de Auschwitz. Pode-se pensar que o Vaticano acreditasse em negociar a libertação deles.

Soube-se também que o Vaticano reconheceu que o bispo Hudal ajudou alguns criminosos de guerra nazistas a fugir da prisão no fim do conflito.

Por causa de sua postura política, o bispo era persona non grata no Vaticano, e foi repreendido por escrito pelo secretário de Estado vaticano, o cardeal Giovanni Battista Montini (futuro papa Paulo VI), por sugerir que o Vaticano ajudasse os nazistas a fugir.

Gary Krupp, diretor geral da Pave the Way, comentou que a fundação “investiu grandes recursos para obter e difundir publicamente todas estas informações para historiadores e peritos. Curiosamente, nenhum dos maiores críticos do papa Pio XII se deu ao trabalho de vir até os Arquivos Vaticanos abertos (e abertos completamente, desde 2006, até o ano de 1939) para fazer estudos originais. Também não consultaram o nosso site gratuito”.

Krupp afirma ter a sincera esperança de que os representantes dos peritos da comunidade judaica romana pesquisem o material original, que se encontra a poucos passos de sua casa.

“Creio que descobriram que mesma existência hoje da que o papa Pio XII chamava ‘esta vibrante comunidade’ deve-se aos esforços secretos deste papa para salvar cada vida”, disse. “Pio XII fez o que pôde, quando estava sob a ameaça de invasão, de morte, cercado por forças hostis e com espiões infiltrados”.

Elliot Hershberg, presidente da Pave the Way Foundation, acrescenta: “No serviço de nossa missão, nos empenhamos em tentar oferecer uma solução para esta controvérsia, que atinge mais de 1 bilhão de pessoas”.

“Temos usado nossos links internacionais para obter e inserir em nosso site 46.000 páginas de documentos originais, artigos originais, testemunhos oculares e entrevistas com especialistas para oferecer esta documentação pronta a historiadores e especialistas.”

“A publicidade internacional deste projeto tem levado, a cada semana, nova documentação, que mostra como estamos nos movendo para eliminar o bloqueio acadêmico que existe desde 1963.”

ROMA, sexta-feira, 29 de julho de 2011. Disponível em: http://www.zenit.org/article-28585?l=portuguese