Praça São Pedro

Praça São Pedro

Programa Viva em Verdade

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Disfarce seu embrião de ovo de tartaruga! - Aborto parte I

O programa Viva em Verdade gravado no dia 08/02/2012 reuniu os advogados Marcelo Ragagnin e José Antonio Rosa para uma discussão urgente em nossa sociedade: A temática do aborto. Longe da menor pretensão de esgotar este assunto, grave, o programa levanta algumas questões e aponta direções para ajudar a combater a falta de lisura intelectual que sustenta os ideais pró-aborto em nosso país e no mundo. Esta mentalidade abortista é a principal frente do ataque à dignidade humana estabelecida no mundo -revolucionário/moderno/totalitário -, que busca coisificar o ser humano e fazê-lo distante de Deus e de si mesmo.
Luiz Fernandes L Filho
Colaborador do Viva em Verdade
Programa gravado nos estúdios Tabor


Parte I - Programa Viva em Verdade - Aborto I



Parte II - Programa Viva em Verdade - Aborto I



Download do programa Viva em Verdade - Aborto I:
Data: 08/02/2012
O aborto, os amantes de tartaruga e a luta de classes
Ora, ora, ora…
É claro que eu sabia que a imprensa, na média, faria uma cobertura benevolente — e moralmente invertida — das entrevistas concedidas pela nova ministra das Mulheres, a senhora Eleonora Menicucci, aquela que está pronta para ser capa da “Edição Vermelha” de “Caras”, já que gosta de tratar de suas intimidades, porém edulcorando-as com brocados ideológicos. É a Val Marchiori da revolução socialista e da revolução de costumes. “Helô-ou”
A abordagem, na média, distorceu o sentido de suas entrevistas. Logo de cara, nos dois primeiros dias, dedicou-se a um frenético proselitismo em favor da legalização do aborto — é próxima de entidades ligadas a esta nobre causa!!! —, mas, claro!, ela o fez “a nível” (como eles diriam) de pessoa “que não foge da briga”, não “a nível” de ministra; nesse caso, diz, seguirá a política do governo. Uau! Que ousadia, hein?!
Eu gostei dessa coisa destemida, corajosa, de “não fugir da briga”. Briga com quem? Com o feto, que não tem como se defender? O que ele pode fazer? Atacar? Sair correndo? Pedir o direito ao contraditório? Mas eu entendo essas almas militantes: o que se pretendia com essa frase, que mereceu destaque na “imprensa companheira”, era fazer soar a corda do passado heróico, de quando Eleonora era membro do POC (Partido Operário Comunista) e praticava assaltos para financiar a luta pelo socialismo. Essa verdade cristalina, insofismável, ganhou uma versão mentirosa nos tempos modernos: seria luta por democracia.
Vá lá. Eleonora corria riscos aos menos. E acabou se dando mal. Consta que foi torturada. E torturadores estão, para mim, no pior dos círculos do inferno, junto com os exterminadores em massa de fetos. Todos, afinal, atacam quem não tem chance de defesa. E aqui faço uma ressalva importante. É claro que mulheres Brasil e mundo afora são colhidas por circunstâncias terríveis, que não são, muitas vezes de sua escolha. Sou sensível a essas particularidades e não quero mandar para o banco dos réus gente que já sofreu o bastante. O meu grande desprezo — e estes são imperdoáveis — é dedicado aos formuladores e propagadores da teoria da morte.
Sua tática consiste, já apontei aqui, em coisificar o feto para que possam defender a solução final sem remorso. A ironia que fiz com o ovo da tartaruga deixou os abortistas irritados por uma única razão: eu também transformei o “ovo” humano numa “coisa” — no caso, uma coisa que eles prezam. Ao fazê-lo, eu os capturei numa armadilha que não tem saída. A que parecia plausível foi aquela empregada pelo ex-leitor (espero!) deste blog no post anterior: “Ah, as tartarugas estão em extinção; por isso, destruir seu ovo deve ser proibido…” Logo, tem-se que o ovo é tartaruga em outro estágio. E o feto — ou, mesmo, se quiserem, o embrião (eu também não fujo da briga) — é o quê? Defender que a eliminação do embrião ou do feto humanos não seja crime tem como corolário que não seja crime destruir ovos de tartaruga, ora essa! Os abortistas ficaram irritados porque a esmagadora maioria deles é defensora incondicional da preservação das tartarugas… Terão percebido a ironia?
Outro argumento vigarista
Outro argumento vigarista dos aborteiros apela — ou eles não seriam eles — à luta de classes. Foi o que fez a nova ministra ao sustentar que mulheres mortas em decorrência do aborto provocado constituiriam um grave problema de saúde pública. Foi então que disparou um raciocínio que vai entrar para a história (inclusive da sintaxe): “O aborto, como sanitarista, tenho que dizer, ele é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. Como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas.”
Bem, eu não tenho modo mais delicado de dizer isto: É MENTIRA! Todos os números, RIGOROSAMENTE TODOS, empregados pelos defensores do aborto são falsos. Como eu sei? Inexiste uma base de dados para sustentar a mortandade em massa de mulheres em decorrência de abortos malfeitos. Os hospitais não estão nem mesmo burocraticamente equipados para distinguir procedimentos pós-aborto provocado de procedimentos pós-aborto espontâneo. Isso é uma fantasia.
A consideração da ministra remete a um  fetiche ideológico: a proibição do aborto puniria apenas as mulheres pobres, já que as ricas podem recorrer ao expediente. Sei. É o feto usado como instrumento da luta de classes. Digamos que assim fosse ou que assim seja, qual é a tese: a incidência de um fator derivado da desigualdade social muda a natureza do problema? Não seria, então, o caso de estreitar a fiscalização para punir as clínicas abortivas dos “ricos” em vez de generalizar a prática também entre os pobres? O estado que falha em garantir educação e saúde decentes será pressuroso em fornecer aos pobres a indústria da morte? É um juízo de matriz delinqüente. O que há? Desistimos de vez das políticas de educação?
Questão religiosa
E convém, finalmente, parar com a patrulha religiosa. Eu não me oponho ao aborto “só porque” sou católico. O correto é dizer “também porque sou católico”. Se fosse ateu ou agnóstico, creio que pensaria a mesma coisa — conheço alguns que também se opõem com veemência.
Não me peçam para tratar a vida humana como “coisa”, sujeita à engenharia social de iluminados e bem-intencionados. Eu sei bem aonde isso vai dar porque sei aonde isso já deu. A minha tese é outra e ficará para um outro post: é a militância anti-religiosa burra que transformou o aborto numa tese “progressista”. Mas eu tenho uma novidade para muitos: a interdição ao aborto numa certa comunidade há coisa de dois mil anos protegeu as mulheres, especialmente as pobres. E a liberação do aborto hoje num pedaço do planeta, vocês verão, se transformou numa política de perseguição às mulheres.
Nada disso!
Eu sou progressista. Defendo incondicionalmente a vida humana.
Reacionária é dona Eleonora Menicucci, aquela que “não foge da briga”… com o feto!

Por Reinaldo Azevedo

Psicologia x Cristianismo

RIO DE JANEIRO, 17 Fev. 12 / 11:10 am (ACI)
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23173
Segundo a denúncia do site Nação Pró-família o CRP (Conselho de psicologia) do Paraná deu um prazo de 15 dias para que a psicóloga Marisa Lobo tire das redes sociais toda mídia que a vincule a sua fé Cristã ameaçando-a de cassação.
A psicóloga cristã Marisa Lobo publicou uma imagem sua em frente ao Conselho Regional de Psicologia do Paraná lendo uma Bíblia, enquanto aguardava para ser ouvida pelas fiscais do CRP deste estado, e afirmou na rede social que estava lendo “seu manual de ética” enquanto aguardava. A foto virou motivo de escândalo e Marisa recebeu ultimato do Conselho para que retire de seus perfis em mídias sociais toda e qualquer menção à sua crença pessoal de fé. Caso a psicóloga se negue a fazê-lo terá seu registro profissional cassado.
As denúncias contra ela teriam sido feitas por ativistas homossexuais e outros favoráveis à legalização das drogas. A psicóloga cristã preside o movimento “Maconha Não” que é um movimento criado para lutar contra a legalização da Maconha e de quaisquer outras drogas ou substâncias psicoativas que venham prejudicar a saúde mental, física e social do ser humano. O movimento conta com o apoio de deputados federais de todo o país.
Segundo as duas fiscais que receberam Marisa Lobo, a sua postura de declarar-se psicóloga e cristã, assumindo-a nas redes sociais, além dos seus questionamentos ao conteúdo do polêmico kit gay que seria distribuído nas escolas públicas do Brasil, supostamente feriam o conselho de psicologia por estar “induzindo pessoas a posições contrárias ao homossexualismo e a convicções religiosas”.
"Sobre a mesa colocaram Xerox de recados de twitter, o que me deixou indignada, como poderia estar sendo chamada para discutir ética, por denúncias de ateus, militantes gays, canabistas sem base legal alguma e que claramente me perseguem pelas minhas posições de direito de professar minha fé”, relata Marisa.
“Me senti perseguida, ouvi coisas absurdas, uma pressão psicológica que se eu não tivesse sanidade mental, teria me acovardado e desistido de minha fé", partilhou.
"Tentaram o tempo todo me vincular a homofobia, deixei claro que processaria todos eles, pois não sou homofóbica, nunca agredi ninguém apenas tenho minhas opiniões, que foram claramente negadas a mim pelas fiscais, me senti tolhida em meu direito de liberdade de expressão."
Segundo recolhe Nação Pró-família, as autoridades do CRP-PR disseram à psicóloga coisas como:
"Você não tem o direito, não pode se dizer Cristã e psicóloga ao mesmo tempo é ferir o código de ética."
"Você não pode dizer que Jesus cura, sendo psicóloga".
"Você não pode se dizer psicóloga e cristã, guarde sua fé pra você, não tem direito de externar para mídia".
"Você não pode dar declarações que induza pessoas a acreditar que seu Deus cura, como faz em seus sites e blogs."
"Quando questionei que estavam me pedindo para negar Deus se quiser continuar exercendo minha profissão, elas se olhavam, e diziam: Não é isso, você pode ter sua fé mas não pode externar, guarde pra você, pois está induzindo pessoas a acreditarem em você pela sua influência", relata Marisa."Deixei claro que não uso a religião para tratar meus pacientes, não tenho nenhuma reclamação em 15 anos no conselho, eles sabem disso. Então não estava entendendo, porque tanto código de ética. Se com meus pacientes nunca cometi um erro”.
“Sou uma cidadã livre, a constituição me dá esse direito de professar minha fé, fora do meu consultório” mas "como psicóloga não””, destacou Marisa.
"Quando disse que então seria cassada, pois não negaria minha Fé, uma delas que disse: “Você não precisa ser cassada pode abandonar a psicologia"”.
Marisa disse que não abandonaria sua profissão e recebeu do conselho a seguinte ordem: "então deixe de falar de seu Deus de sua fé."
"Eu enfrentei e disse vamos para o enfrentamento e cassação", disse a psicóloga cristã.
Marisa Lobo afirmou que tem 15 dias para tirar das redes sociais tudo que a vincule à religião, mas já avisou: “Não nego minha fé".

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Regras da ciência descartam a possibilidade de "Gen Gay"


Por: www.renacer.com.mx
http://www.renacer.com.mx/archives/31

A fim de encontrar a base genética da homossexualidade, dois estudos internacionalmente reconhecidos confirmaram que as pessoas não nascem gays e que o DNA não influencia diretamente a orientação sexual dos indivíduos.

Em 2008, o pesquisador Alan Sanders procurou encontrar a base genética da homossexualidade. Para fazer isso, coletaram amostras de DNA e dados sociológicos mil pares de irmãos gays. Dez vezes mais do que qualquer outro estudo semelhante para 1990.

Sanders procurou comparar os genomas para identificar as áreas que aparecem tanto na taxa de um não explicado pelo acaso. Isso indicaria a existência de genes que poderiam estar relacionados à orientação sexual.

O pesquisador Neil Whitman em seu livro "Os meus genes me fez fazer isso", diz: "não há gene para a homossexualidade. Eu acredito que fatores não-genéticos interagem como influências sociais e ambientais.”

Por exemplo, uma pessoa pode vir geneticamente predisposta a ser o melhor atleta do mundo, no entanto, se as influências ambientais levá-lo a escolher uma genética artista não será necessariamente um atleta "

Além disso o Dr. Francis S. Collins, diretor do Projeto Genoma Humano no final do mapeamento confirmou: "O mapa do genoma humano não foi encontrado um gene gay, a determinação da orientação sexual não está incorporado no DNA."

Assim, pode concluir-se que o comportamento humano não é causado por um fator genético, mas pelas influências ambientais e sociais. Nas palavras de Sanders menciona que a genética não é responsável para o comportamento humano e o comportamento humano não pode ser justificada pela genética.

Dada a falta de evidência científica para uma possível causa genética ou biológica da homossexualidade, mesmo LGBT APA Division 44 em 1998, declarou que "a biologia e a genética desempenham um papel fundamental na origem da orientação sexual da pessoa" e retifica em 2008, corrigindo:” não houve indícios de que a orientação sexual é genética, parece que outros fatores como o ambiente é que a influenciam." Esta é citado nos documentos oficiais APA "Considerações e Perguntas freqüentes sobre Orientação Sexual"

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Células Tronco da Polpa do Dente

 Por: http://correiodobrasil.com.br
 Data: 07/02/2012

Uma equipe do Laboratório de Genética do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) extraiu células-tronco de polpa dentária humana de dentes decíduos (de leite).

A equipe obteve sucesso com as pesquisas feitas a partir da doação de dentes de leite de duas crianças, ambas com 6 anos. Os resultados obtidos estabeleceram as duas primeiras linhagens de células-tronco adultas da Universidade: a UFJF1 e a UFJF2.
As próximas linhagens que serão estabelecidas ainda este ano serão as células-tronco de tecido adiposo e a do tecido do cordão umbilical. Assim como a polpa de dente de leite, o tecido adiposo – obtidos de lipoaspirações – e o tecido do cordão umbilical são materiais que, frequentemente, são descartados no lixo, mas que são ricos em células-tronco, podendo ser utilizados em pesquisas.

Candidata à Engenharia Elétrica tem maior nota do vestibular 2012 da UFJFUFJF seleciona professor para departamento de Ciências Biológicas

Alunos que antes precisavam migrar para São Paulo ou para o Rio de Janeiro, agora poderão desenvolver suas pesquisas com células-tronco na UFJF. No campo biotecnológico, as células-tronco são muito visadas pelo potencial que apresentam de poder ser transformadas em diferentes tipos celulares, tais como neurônios, músculo, cartilagem, osso e gordura, além de possibilitar estudos de diversos tipos de doenças na área da genética médica.

Existem dois tipos de células-tronco: as embrionárias, que necessitam da destruição do embrião, e as adultas, que são retiradas de tecidos e órgãos de indivíduos já formados. Uma das vantagens das células-tronco adultas é que, por meio delas, pode-se tentar entender características de uma determinada doença sem ter que submeter o paciente a várias cirurgias invasivas. Outro ponto importante sobre essas células é que elas podem ser usadas em pesquisas de terapia celular.

Já as células-tronco do dente de leite possuem a peculiaridade de ter, tanto características semelhantes às das células-tronco presente na medula óssea, quanto algumas características de células-tronco embrionárias. Estudos indicam que as células-tronco da polpa dentária humana possuem atividade imunossupressora, ou seja, podem ser usadas e transplantadas entre indivíduos geneticamente diferentes em uma terapia celular, diminuindo o potencial de rejeição dessas células.

Terapia celular

Os pesquisadores pretendem desenvolver pesquisas que transformem essas células-tronco de polpa dentária em ilhotas pancreáticas, que são as células presente no pâncreas responsáveis por produzir insulina. Isto pode levar ao desenvolvimento futuro de uma terapia celular para tratamento da diabetes, por exemplo. Mas as possibilidades de estudo são muitas. Essas células poderiam ser usadas ainda para tratamento de infarto do miocárdio e de diversos outros tipos de doenças.


Por: http://correiodobrasil.com.br/primeiras-linhagens-de-celulas-tronco-de-polpa-dentaria-humana-sao-obtidas-na-ufjf/373180/

domingo, 5 de fevereiro de 2012

BASEADO EM FATOS REAIS - Brasilville


Ótima crônica de Percival Puggina! Sabe que eu até imagino onde seja este lugar...



BASEADO EM FATOS REAIS

Percival Puggina
Fonte:  http://www.puggina.org/


            O que vou contar aconteceu numa cidade do interior. Por uma questão de prudência que os leitores certamente entenderão e desculparão, será preciso omitir detalhes e nomes dos personagens.

            Havia nessa cidade uma importante empresa que respondia por muitos empregos e tinha peso significativo na vida da comunidade. Era uma organização antiga, que atuava em diversos segmentos, sob o comando centralizado e pessoal do diretor-presidente. Certa feita (para mim, relato sem "certa feita" situa-se fora do tempo), chegou ao município uma senhora, com formação na área de economia, especialidade bem incomum naquelas bandas onde passou a lecionar e a escrever artigos com análises das características, potencialidades e gargalos do desenvolvimento local.

            Com o tempo, tornou-se consultora requisitada, trabalhou para a prefeitura, e foi conquistando a confiança da comunidade malgrado certas reticências que circundavam e envolviam o seu passado. Quando o peso dos anos ("peso dos anos" é outra expressão boa e verdadeira) começou a incidir sobre o diretor-presidente da organização, ele se lembrou da economista e resolveu convidá-la para assumir uma função gerencial a ser exercida em conjunto com ele. Antevia-se uma mudança na estrutura da empresa e uma profissionalização de sua gestão.

           O arranjo funcionou durante vários anos, ao longo dos quais a gerente foi ampliando seu raio de ação e seu poder, passando, na prática, a dirigir tudo com mão de ferro. Ficou conhecida, no âmbito interno e externo, como pessoa dura no trato, inflexível, exigente, detalhista e centralizadora. Tudo passava por ela que, infatigável, parecia nascida para aquelas minuciosas tarefas. Diplomacia e política não eram peças de seu cardápio. Pão, pão e queijo, queijo. A empresa, num mercado pouco competitivo, ia bastante bem, com desempenho positivo sob o impulso de ventos favoráveis da economia. Assim, quando o diretor-presidente decidiu se afastar em definitivo, resultou consensual que caberia a ela assumir oficialmente o posto.

            Poucos meses mais tarde, surgiram boatos. Havia algo errado. De início era apenas um zum-zum interno. Mas o zum-zum chegou às ruas, e rapidamente atingiu aquele lugar onde não poderia entrar sem causar comoção: o café da cidade. Dali para o jornal local era só meia quadra. E o diretor do periódico não era do tipo que sentasse em cima das matérias. Aliás, é assim mesmo que as coisas funcionam. O problema vai para a rua e quando retorna das ruas, em letra de forma, já é encrenca grossa. Resultado: começaram as investigações, as auditorias e o que se ficou sabendo estarreceu a todos. Havia muito tempo a empresa vinha sendo rapinada internamente. Roubava-se no almoxarifado, na tesouraria, no setor de compras, no comercial, na manutenção, no pessoal. Onde quer que mexessem, apareciam falcatruas dos encarregados.

            Naquele santuário da comunicação social - o café da cidade - as pessoas mais esclarecidas se perguntavam: como pode alguém ter adquirido fama de boa gestora enquanto a organização que "dirigia com mão de ferro" vivia esse completo descontrole? Só os tolos não se davam conta disso.
______________

* Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões


Postado por: Luiz Fernandes L. Filho
Colaborador do Viva em Verdade
Membro da Comunidade Paz & Mel